Se você já esteve imerso no mundo da tecnologia ou mesmo na gestão de negócios modernos, é provável que tenha se deparado com o termo “SaaS” em mais de uma ocasião.
No entanto, compreender totalmente o que ele significa, como esse serviço funciona na prática e por que é uma tendência tão forte se torna um desafio para muitos.
Por isso, neste artigo, mergulharemos no universo do Software as a Service (SaaS), desvendando suas nuances, explorando sua operação no dia a dia e destacando suas vantagens distintivas em comparação com o software tradicional.
Boa leitura!
O que é um SaaS?
A sigla SaaS representa a frase em inglês “Software as a Service”, que pode ser traduzida no português para “Software como Serviço”.
Ou seja, o SaaS se refere a um modelo de distribuição de software em que a empresa contratada oferece acesso a um aplicativo ou serviço de software pela internet.
Nesse “modelo SaaS”, em vez de comprar e instalar o software em seu próprio computador ou servidor, o usuário pode acessar o software por meio de uma conexão com a internet.
Dessa forma, a empresa de SaaS hospeda e gerencia o software em seus próprios servidores, garantindo a disponibilidade do serviço e o desempenho do sistema.
Para quem costumava comprar softwares em CDs e ter que instalar na própria máquina, consumindo boa parte da sua memória, está bem clara a diferença entre um software tradicional e um SaaS.
Mas se você ainda está um pouco confuso, não se preocupe, vamos abordar essa diferença detalhadamente no próximo bloco.
Qual a diferença entre um SaaS e um software tradicional?
Pois bem, existem inúmeras diferenças entre um SaaS (Software como Serviço) e um software tradicional. Sendo que as principais divergências incluem:
Modelo de distribuição
Como já mencionado, no caso do software tradicional, ele é adquirido e instalado diretamente nos computadores ou servidores do usuário.
Por outro lado, no modelo SaaS, o software é acessado pela internet e os usuários não precisam instalar nada em seus dispositivos.
Manutenção e atualizações
No caso do software tradicional, os próprios usuários são responsáveis por instalar atualizações e realizar a manutenção do sistema. Já no SaaS, essas tarefas são de responsabilidade do provedor, liberando os usuários dessas preocupações.
Custos e licenciamento
Os softwares tradicionais geralmente requerem a compra de licenças individuais para cada usuário ou dispositivo.
O SaaS, em contraste, opera em um modelo de assinatura, onde os usuários pagam uma taxa recorrente para acessar o serviço.
Escalabilidade
Com o software tradicional, as empresas às vezes precisam investir em hardware adicional e fazer configurações complexas para escalar o sistema e atender a um aumento de demanda.
Já no modelo SaaS, a escalabilidade é mais natural e fácil, pois o provedor já possui a infraestrutura necessária para lidar com aumentos de usuários e processamento de dados.
Acesso e mobilidade
Os softwares tradicionais muitas vezes requerem que os usuários estejam fisicamente presentes em um dispositivo específico para acessá-lo.
Em contrapartida, com o SaaS, os usuários podem acessar o software de qualquer dispositivo com conexão à internet, o que proporciona maior mobilidade e flexibilidade.
É válido ressaltar que nem todos os softwares se enquadram estritamente em uma das duas categorias. Há também modelos híbridos que combinam características do SaaS e do software tradicional, e por isso conseguem oferecer maior flexibilidade para os usuários.
Exemplos reais de SaaS
Agora que já conhecemos bem o modelo Software as a Service, vamos mostrar quais serviços se enquadram nesta categoria. Logo abaixo estão alguns dos exemplos mais conhecidos e utilizados de SaaS:
Netflix
Como a maioria de nós já sabe, este é um serviço de streaming de vídeo que oferece uma ampla variedade de filmes, séries de TV e inclusive conteúdo original. Mas, poucas pessoas entendem que o Netflix é, na realidade, um Software as a Service!
Dropbox
Dropbox é um SaaS popular de armazenamento em nuvem que permite aos usuários armazenar, sincronizar e compartilhar arquivos em diferentes dispositivos. Ainda, ele também oferece recursos de colaboração, como compartilhamento de pastas e links.
Adobe Creative Cloud (ACC)
O ACC é um conjunto de aplicativos criativos do Adobe baseados em nuvem, incluindo Photoshop, Illustrator, InDesign, Premiere Pro e muitos outros. Desse modo, os usuários podem acessar e usar os aplicativos por meio de uma assinatura mensal ou anual.
Microsoft 365
Esta é a suíte de aplicativos de produtividade baseada em nuvem da Microsoft, incluindo Word, Excel, PowerPoint, Outlook e outros. Como se não bastasse, existe também a versão destes softwares no modelo tradicional de compra única, o famoso pacote Microsoft Office.
Payfy
A Payfy é uma solução de SaaS ideal para gerenciar despesas corporativas e otimizar a gestão financeira da empresa como um todo; permitindo também a integração com outros sistemas contábeis e otimização de vários processos operacionais.
No caso, além do serviço online a Payfy também disponibiliza um aplicativo móvel e cartões corporativos integrados ao software da plataforma.
Esses são apenas alguns exemplos, no entanto há muitos outros serviços SaaS disponíveis e a cada dia surgem mais soluções inovadoras e integrações tanto para o consumidor final (B2C), quanto para as empresas (B2B).
Quais os tipos de SaaS mais populares?
Como vimos nos exemplos anteriores, existem diversos tipos de SaaS em diferentes áreas de negócios. Contudo, as soluções de Software as a Service estão conquistando alguns setores mais rapidamente do que outros.
Por isso, resolvi elencar 4 áreas onde os SaaS já estão consolidados e seus serviços já são amplamente conhecidos e utilizados, confira:
1. Customer Relationship Management (CRM)
Os sistemas de CRM baseados em SaaS são projetados para ajudar as empresas a gerenciar relacionamentos com clientes, armazenar informações, gerenciar vendas e automatizar processos de marketing.
Exemplos de CRMs populares incluem:
2. Colaboração e produtividade
Como o nome já entrega, esses serviços SaaS são projetados para melhorar a colaboração e aumentar a produtividade das equipes.
Por isso, eles oferecem recursos como compartilhamento de arquivos, comunicação em equipe, gerenciamento de projetos, agendas compartilhadas e edição compartilhada de documentos.
Exemplos conhecidos de SaaS de colaboração e produtividade são:
3. Gerenciamento de conteúdo
Os serviços SaaS de gerenciamento de conteúdo ajudam a criar, editar, organizar e publicar conteúdo online. Assim, eles são amplamente usados por empresas para gerenciar sites, blogs, portais e intranets.
O mais popular exemplo desta categoria é o dominante WordPress, que inclusive utilizei para gerenciar e publicar o artigo que você está lendo!
4. E-commerce
Os serviços SaaS de comércio eletrônico permitem que as empresas criem e gerenciem suas lojas online. Dessa forma, eles fornecem recursos para exibição de produtos, gerenciamento de pedidos, pagamentos, envio e integração com sistemas de back-end.
Exemplos populares de SaaS para e-commerce incluem:
Esses são apenas alguns dos tipos mais populares de serviços disponíveis atualmente. Entretanto, a diversidade dos SaaS continua a crescer à medida que as empresas buscam soluções modernas e inovadoras para otimizar suas operações.
Conclusão: SaaS já é o presente e o futuro dos softwares
Por fim, gostaria de enfatizar uma tendência global que já vem se desenhando à alguns anos, e pode ser resumida em uma frase do Fórum Econômico Mundial:
“You’ll own nothing and be happy” – Em português: “Você não possuirá nada e será feliz”
Apesar das muitas críticas levantadas contra esta afirmação, o Fórum Econômico Mundial está apenas mapeando uma mudança de paradigma que encontramos não só no nicho de software, mas em outras áreas também.
Assim, os serviços e produtos por assinatura só vão aumentar em variedade e adoção com o tempo. Portanto, se mantenha atento às soluções relevantes a seu setor de atuação.
Inclusive, para manter a sua empresa moderna e compatível com as novas ferramentas e inovações do mercado, te convido a conferir nosso artigo: Automação Contábil: o que é e como fazê-la na sua empresa.
Até a próxima!
Founder & CEO da Payfy
