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Due diligence: o que é e como realizá-la em transações empresariais

André Apollaro

Data de publicação: 21/08/2023

due diligence
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Em um cenário empresarial marcado por complexidades e constantes transformações, a prática da due diligence emerge como um poderoso instrumento de avaliação e análise.

Dessa forma, esta abordagem meticulosa e abrangente oferece uma visão crítica e aprofundada das entranhas de uma organização, permitindo que os envolvidos compreendam e avaliem riscos, oportunidades e sinergias potenciais antes de formalizar qualquer compromisso.

Por isso, neste post, mergulharemos no universo da due diligence, explorando o que exatamente é essa prática, por que ela é fundamental em transações empresariais e como realiza-la de maneira eficaz.

Boa leitura!

Entendendo o conceito de due diligence

A due diligence é uma prática comum em transações empresariais e tem como objetivo avaliar a viabilidade financeira e legal de uma operação. A expressão vem do inglês e significa literalmente “devida diligência”.

Ou seja, ela ajuda a avaliar os riscos e oportunidades associados a uma transação, bem como a identificar questões que precisam ser abordadas antes que o negócio seja de fato concluído.

Origem e evolução da due diligence

A due diligence surgiu nos Estados Unidos na década de 1930, como uma forma de avaliar a viabilidade financeira de empresas de capital aberto. Desde então, a prática se expandiu para incluir avaliações jurídicas, operacionais e ambientais.

Hoje em dia, a “devida diligência” é comum no mundo todo e é amplamente utilizada em transações comerciais de todos os tipos.

Due diligence no contexto empresarial

No contexto empresarial, ela auxilia em uma variedade de situações, como por exemplo:

  • aquisições;
  • fusões;
  • reestruturações;
  • investimentos;
  • participação em projetos de joint venture.

Além disso, a due diligence também ajuda a identificar oportunidades de melhoria e a desenvolver planos de negócios mais eficazes.

Ou seja, ao avaliar cuidadosamente os aspectos financeiros, legais e operacionais de uma empresa, os investidores identificam áreas em que a empresa pode melhorar sua eficiência, reduzir custos e aumentar sua rentabilidade.

Por isso, é fundamental que as empresas se preparem para passar por um processo de devida diligência e forneçam informações precisas e completas aos investidores. Assim, as empresas maximizam suas chances de sucesso e garantem a confiança dos investidores.

Os diferentes tipos de due diligence

Embora a due diligence possa ser personalizada para atender às necessidades específicas de uma transação, os quatro tipos mais comuns encontrados no mercado são:

Financeira

A due diligence financeira, como o nome sugere, ajuda a avaliar a situação financeira de uma empresa, bem como a identificar oportunidades de melhoria que podem resultar em economias operacionais e fiscais.

Além disso, ela também ajuda a identificar fraudes, como desvios de recursos ou falsificação de documentos contábeis.

Por isso, é fundamental que a análise financeira seja realizada por profissionais qualificados e experientes, que possam interpretar corretamente as informações e identificar possíveis problemas.

Legal

A due diligence legal ajuda a identificar potenciais problemas legais, como litígios pendentes ou questões regulatórias, que de alguma forma possam afetar a transação.

Sobretudo, ela permite avaliar a validade dos contratos da empresa, bem como a identificar possíveis lacunas e vulnerabilidades contratuais.

Operacional

Já a due diligence operacional foca na revisão dos processos e práticas operacionais de uma empresa. Ela identifica oportunidades de melhoria e potenciais fontes de risco.

Assim, ela também avalia a eficiência dos processos da empresa, identificando possíveis gargalos operacionais. 

Ambiental

A due diligence ambiental é focada na análise dos impactos ambientais de uma empresa. Ela permite mapear as responsabilidades ambientais e outras questões que possam afetar a transação.

Além disso, a ela também ajuda a avaliar a conformidade da empresa com as leis e regulamentações ambientais, bem como a identificar possíveis riscos ambientais associados às operações da empresa.

Como é realizada a due diligence

O processo em si é dividido em várias etapas para garantir que todos os aspectos relevantes sejam avaliados de forma adequada.

Ao conduzir uma due diligence, é essencial ter em mente que cada transação é única e, portanto, as etapas do processo podem variar dependendo da natureza da transação e das necessidades específicas do comprador ou investidor.

Etapas do processo

No entanto, existem algumas etapas básicas que são comuns a todas as due diligences, como por exemplo:

  • Revisar informações financeiras, como contas, balanços patrimoniais e demonstrações financeiras;
  • Analisar questões legais, como contratos, litígios e questões regulatórias;
  • Avaliar os processos operacionais, incluindo análise de risco e exposição.

É importante ressaltar que cada uma dessas etapas deve ser realizada com muita atenção e cuidado, pois qualquer informação omitida ou mal interpretada pode ter consequências graves para a transação.

Envolvimento de profissionais especializados

Como a due diligence envolve várias áreas de especialização, é comum contratar profissionais especializados para conduzir a análise, como por exemplo:

  • contadores;
  • advogados;
  • consultores de negócios;
  • especialistas em áreas como meio ambiente e segurança.

Dessa forma, esses profissionais têm conhecimentos específicos que permitem identificar riscos e oportunidades que podem passar despercebidos por quem não tem experiência na área.

Uso de tecnologia e ferramentas

A tecnologia é uma ferramenta valiosa na condução da due diligence. Isso porque, ela ajuda a automatizar processos de análise de dados e a facilitar a colaboração entre as partes envolvidas na transação.

Alguns exemplos de ferramentas que podem ser usadas incluem plataformas de gerenciamento de documentos, softwares financeiros e sistemas de comunicação e colaboração.

Além disso, a tecnologia também é usada para aumentar a segurança e a confidencialidade das informações durante a due diligence. É possível, por exemplo, usar criptografia e outras medidas para proteger os dados sensíveis da empresa em questão.

Exemplos práticos

Além dos exemplos já mencionados, a due diligence é amplamente utilizada em várias outras situações. Uma empresa pode realizá-la antes de investir em uma startup para avaliar o potencial de crescimento e os riscos de investimento.

Ou uma empresa pode realizar uma due diligence antes de fazer uma parceria com outra empresa para avaliar a compatibilidade de cultura entre as duas.

Pensando nisso, seguem abaixo dois exemplos práticos de como a due diligence impacta as empresas

Due diligence bem-sucedida

Um exemplo bem-sucedido é o caso de uma empresa que estava considerando adquirir uma segunda empresa. Assim, a empresa-compradora contratou uma firma de contabilidade para realizar a due diligence financeira.

Durante o processo, os contadores analisaram as informações financeiras da empresa-alvo e identificaram uma oportunidade de fusão de departamentos para economizar custos.

Desse modo, a transação foi concluída com sucesso e a nova empresa foi capaz de reduzir os custos operacionais e aumentar a rentabilidade como resultado.

Due diligence mal-sucedida

Em um caso mal-sucedido, uma empresa de consultoria contratou um especialista em meio ambiente para realizar a due diligence ambiental em uma empresa de mineração que estava considerando investir.

Durante o processo, o especialista não identificou um vazamento de produtos químicos em um lago próximo. Após o investimento ser concluído, o vazamento foi reportado à agência ambiental local e a empresa foi multada em milhões de dólares.

Este caso destaca a importância de incluir especialistas de confiança em áreas como meio ambiente e saúde e segurança no trabalho durante o processo de due diligence. A falta de conhecimento especializado resulta em erros caros e a problemas legais e regulatórios.

Conclusão: identificar riscos e prevenir problemas

À medida que encerramos nossa exploração sobre a due diligence em transações empresariais, é evidente que essa prática transcende a mera formalidade e se firma como um pilar essencial para o sucesso sustentável no mundo dos negócios.

Sobretudo, aprofundar-se nas engrenagens operacionais, financeiras e legais de uma empresa oferece uma perspectiva clara e realista, permitindo que os envolvidos tomem decisões embasadas, minimizando riscos e maximizando oportunidades.

Dessa forma, lembre-se sempre dos seguintes aprendizados e melhores práticas relacionados com a due diligence:

  • Identificar claramente os objetivos antes de iniciar o processo. Isso garante que ela realmente foque nas áreas mais importantes e relevantes para a transação;
  • Incluir especialistas de confiança em áreas como finanças, direito, operações e meio ambiente no processo de análise, para assegurar que todas as áreas críticas sejam avaliadas adequadamente;
  • Usar tecnologia e ferramentas para automatizar processos de análise de dados e facilitar a colaboração entre as partes envolvidas na transação;

Ou seja, quando o assunto é due diligence siga sempre a filosofia de que é melhor prevenir do que remediar!

Esse conteúdo foi útil? Te convido para acessar o blog da Payfy e conferir os diversos artigos sobre finanças empresariais, gestão de gastos e outros temas.

Até a próxima!


André Apollaro

Founder & CEO da Payfy

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