Gerente de Controladoria: o que é, seu papel na empresa e dicas chave para otimizar suas funções

André Apollaro

Data de publicação: 11/03/2024

Gerente de Controladoria
Gerente de Controladoria

De certa forma, controladoria financeira é um papel difícil de se definir, pois ele atravessa caminhos entre a contabilidade pura, a estratégia financeira e a liderança. Por isso, um bom gerente de controladoria precisa ter boa atenção aos detalhes e uma visão holística da empresa.

Eles têm como tarefa garantir precisão e aumentar a eficácia – duas tarefas que muitas vezes são difíceis de conciliar, afinal “a pressa pode ser a inimiga da perfeição”! Contudo, seu principal objetivo é garantir uma boa governança da empresa.

Além disso, o papel do controlador financeiro – assim como muitos outros cargos – está evoluindo, o que faz com que as empresas esperem mais visão estratégica do que de costume.

Com tudo isso em mente, nesse post vamos abordar:

  • O que é um Controller Financeiro ou Gerente de Controladoria?
  • Principais funções do cargo de Controller Financeiro.
  • Trajetória profissional de um Controller Financeiro.
  • Pontos-chave para uma controladoria mais eficaz e eficiente!

Vamos lá? Boa leitura!

O que é um Controller Financeiro ou Gerente de Controladoria?

Quando pensamos na boa gestão financeira de uma grande empresa, no zelo pelos interesses de donos e acionistas, na segurança e na transparência dessa companhia, é do controller que estamos falando!

O Controller Financeiro ou Gerente de Controladoria é o chefe de contabilidade de uma empresa. 

De forma simplificada, seu papel engloba o acompanhamento das atividades contábeis e a garantia de que os balanços refletem a realidade de entrada e saída de dinheiro dentro daquela empresa.

Além disso, ele tem como função principal garantir uma boa gestão financeira e, devido a isso, também ficou conhecido como “os olhos e ouvidos dos acionistas dentro da empresa”. 

Portanto, o papel do controller é essencial para a consolidação de qualquer empresa respeitável no mercado, sendo peça-chave, principalmente, em empresas de capital aberto.

Principais funções do cargo de Controller Financeiro (Ou Gerente de

O que antes era um cargo basicamente de contabilidade e com funções burocráticas – como cuidar de documentos, regulamentação tributária e fiscal… -, hoje é uma profissão em ascensão e que necessita de profissionais com múltiplos conhecimentos.

O papel do gerente de controladoria dentro de uma empresa exige muita experiência e habilidades para além da contabilidade, como por exemplo:

  • Criação de políticas internas e controle de despesas;
  • Gestão de contadores externos e das equipes internas;
  • Medição da relação da empresa com bancos;
  • Acompanhamento das entradas de pagamentos – clientes e outros devedores. 

Ou seja, quando uma empresa está em busca de um gerente de controladoria – ou controller financeiro – é natural que o escopo de requisitos para o cargo varie de uma companhia para outra, de acordo com sua necessidade.

Em alguns casos, também pode ser papel do controller financeiro a gestão de projetos e, em times menores, ele também pode ser o Diretor Financeiro (CFO). 

Nesse caso, é necessário gerenciar esses dois papéis de “controle”, assim como criar relatórios financeiros, elaborar orçamentos e planejar os gastos da empresa.

Segundo a empresa Randstad

“Como o elo crítico que liga as finanças a toda a equipe de gerenciamento sênior, você (controller financeiro) precisa ser um bom comunicador e entender todo o negócio, não apenas as entradas e saídas do seu próprio departamento. 

Isso significa que um controller financeiro precisa de fortes habilidades de liderança, talento interpessoal e mais do que um toque de carisma.

A necessidade de parceria significa que os controladores financeiros devem desempenhar seu papel financeiro – e altamente técnico – dentro de todo o ambiente de negócios. As chamadas soft skills são tão importantes quanto as hard figures.”

Trajetória profissional de um Gerente de Controladoria

Como falamos acima, o cargo do controller foi se transformando ao longo do tempo e atualmente ele exige as mais diversas habilidades. 

Por se tratar de um cargo que tem como foco garantir a organização e saúde financeira da empresa, a trajetória desse profissional é construída através de estudos e experiência, não somente dos certificados acadêmicos.

Logo, ela pode começar através de graduação em Ciências Contábeis, Administração, Economia ou Engenharia – que são bem vistas pelo mercado -, contudo, o que as empresas buscam mesmo é a experiência adquirida ao longo da carreira. 

Algumas experiências requisitadas, por exemplo, são:

  • Familiaridade com auditorias e balanços;
  • conhecimento fiscal;
  • experiência com acionistas;
  • possua softskills como liderança, comunicação e mediação;
  • etc…

Isso acontece pois o cargo do gerente de controladoria é por si um cargo sênior, o que exige muita experiência em questões tributárias e fiscais dos profissionais interessados. Além de exigir propriedade ao lidar com os livros da empresa e boas habilidades interpessoais para orientar outros colaboradores.

Também é importante ter em mente que nem todo contador é um controller em potencial, da mesma forma que nem todo controller é um contador

Isso se dá pois o termo “controller” se refere a um cargo, não uma formação profissional. Segundo Lucas Papa, Gerente Executivo da Michael Page: “Contadores, em geral, são assistentes, analistas ou até mesmo gerentes, que respondem ao controller”. 

Neste cenário os contadores preparam relatórios e criam orçamentos, enquanto o controller junta essas informações e as analisa dentro da realidade da empresa.

Pontos-chave para uma controladoria mais eficaz e eficiente!

Nenhum exército é feito de uma pessoa só! Por isso, não é o suficiente simplesmente saber realizar as funções de um gerente de controladoria, mas também procurar formas de otimizá-las. 

Existem caminhos muito mais claros para ser eficiente e eficaz exercendo esse cargo, e isso inclui:

  • ferramentas;
  • habilidades interpessoais; e,
  • parcerias (seja dentro ou fora da empresa).

Portanto, resolvi separar algumas alternativas de caminho para você aplicar na sua empresa e otimizar a controladoria financeira. Vamos lá?

1. Automatize seus processos

Todo contador sabe que registrar transações financeiras é uma tarefa que ainda exige muita entrada manual de dados, e ainda por cima a probabilidade de haver algum erro nestes dados e ter que fazer retrabalho é alta!

O que muitas vezes nem todo mundo sabe é que esse tipo de processo operacional é totalmente desnecessário! A maioria de transferência de dados pode ser realizada entre sistemas sem que você perca nenhum braço do seu time financeiro.

Empresas utilizam vários sistemas diferentes como, por exemplo, processamento de faturas, gerenciamento de despesas e compras, etc., contudo, é importante que todos eles “conversem” com seus sistemas de contabilidade e/ou ERP.

Dessa forma sua empresa economiza tempo, dinheiro e garante que o time financeiro consegue dar foco e atenção para outras funções não tão automatizadas – além de centralizar as informações, o que otimiza também o trabalho do gerente de controladoria.

2. Pratique a comunicação transparente

A comunicação é essencial para qualquer trabalho em equipe, afinal, é através dessa comunicação que são feitos planejamentos, questionamentos e alinhamentos. No entanto, quando pensamos em comunicação transparente aqui, estamos falando sobre também sobre dados.

Para o gerente de controladoria isso não se refere somente a comunicação dentro da equipe financeira e com subordinados diretos, mas também de uma comunicação com a empresa em geral. Afinal, as equipes de finanças dependem de outras equipes – vendas, marketing e compras, entre outras – para seguir as políticas e fornecer dados úteis.

O grande desafio do controller aqui é ajudar os outros a entender por que bons dados são tão valiosos e estabelecer canais de comunicação eficientes para transmitir isso. Muitos líderes financeiros ainda não entendem que só porque uma política está escrita em algum lugar, isso não significa que outros realmente a seguirão.

3. Dê autonomia para outros times

Outra questão importante quando se tem muitos processos financeiros é que eles tendem a depender da equipe financeira o tempo todo. Quando pensamentos em um processamento de fatura, por exemplo, as etapas seriam mais ou menos assim:

  1. Um funcionário da linha de frente recebe um serviço de um fornecedor (uma consultoria freelancer, por exemplo);
  2. O fornecedor emite uma fatura e a envia ao funcionário;
  3. O funcionário envia para seu gerente para aprovação;
  4. O gerente aprova a fatura
  5. O funcionário envia a fatura para a equipe financeira;
  6. Um membro da equipe financeira precisa extrair as principais informações da fatura, inseri-las em uma ferramenta (ou planilha básica) e salvá-las no local apropriado;
  7. A fatura é paga posteriormente como parte do ciclo normal;
  8. Os contadores então precisam racionalizar a fatura contra os pagamentos feitos pela empresa para fechar os livros.

Não preciso nem comentar tamanha burocracia e dependência do time financeiro, não é? Então imagine outro cenário: um funcionário recebe a fatura e a insere em uma ferramenta de gestão de gastos ou de processamento de faturas… Sim, acabou em dois passos!

Nesse cenário o time financeiro não precisa realizar a extração de informações ou inseri-las em uma planilha, nenhum e-mail é trocado… Isso tudo se dá pela facilidade do sistema em possibilitar a solicitação e aprovação do gerente diretamente no aplicativo!

Melhor ainda, os funcionários de diferentes times aprendem a criar e processar uma fatura válida. Isso evita que problemas ocorram novamente no caminho.

4. Aprenda e incentive a visão estratégica 

A razão mais simples pela qual a maioria dos controladores financeiros não é considerada “controladoria estratégica” é que não é uma parte explícita de suas descrições de trabalho. CFOs (Chief Financial Officer)  e líderes de FP&A (Financial planning and analysis) estão lá para a estratégia, e os Controllers estão lá para controlar.

Portanto, a melhor maneira de tornar o papel do controlador financeiro mais estratégico é colocá-lo na descrição do trabalho. Faça da estratégia uma das características definidoras do sucesso de um controller financeiro, seja você ou a pessoa que você pretende contratar.

Conclusão: otimize a gestão de gastos na gerência de controladoria

Como vimos, gerenciar os gastos da empresa é um objetivo fundamental para a maioria dos controladores financeiros, afinal, custos e despesas mal gerenciados são as principais causas de um processo de fechamento financeiro confuso.

Isso é comum pois existe pouca visibilidade sobre os gastos da empresa e dados mal formatados desde o início. Por isso, se você esperar até o final do processo para ver o que foi gasto, sempre encontrará “surpresas” frustrantes e demoradas a cada mês.

Em vez disso, a melhor prática é ter um sistema integrado de gerenciamento de despesas ou gastos que mostre o que está sendo gasto em tempo real. 

Dessa forma, não é preciso esperar que as declarações de despesas cheguem no final do mês, os funcionários podem anexar os comprovantes em tempo real através de uma plataforma de gestão (online e via celular).

Ou seja: não é mais preciso se debruçar sobre os extratos do cartão de crédito, você tem um painel com todos os pagamentos e a pessoa que o fez.

As ferramentas de gestão de despesas corporativas estão sendo um divisor de águas para contadores e controllers, afinal, um processo que antes levava dias (todo mês) para ser feito agora pode ser feito em meros minutos.

Para você entender a fundo os benefícios dessa ferramenta e as opções disponíveis para a sua empresa, separei um conteúdo completo trazendo tudo sobre um Software Financeiro e as 6 melhores opções do mercado!

Te espero lá, até a próxima!


André Apollaro

Founder & CEO da Payfy

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