Ativo Circulante: o que é e como analisá-lo

Data de publicação: 11/12/2023

O que é Ativo Circulante e Como Análisar
O que é Ativo Circulante e Como Análisar

O ativo circulante é um termo utilizado na contabilidade para indicar os recursos financeiros de uma empresa que podem ser convertidos em dinheiro em um curto prazo, geralmente em até 12 meses. 

Para a gestão financeira, este indicador é importantíssimo e não pode faltar nas análises estratégicas. Por isso, neste post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre o ativo circulante!

Vamos lá?

O que é um ativo circulante?

O ativo circulante é um dos conceitos mais importantes na contabilidade empresarial, pois representa a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações no curto prazo e manter sua liquidez.

Assim, ele é definido como o conjunto de bens e direitos que uma empresa possui e que podem ser transformados em dinheiro em um período curto de tempo, geralmente até um ano. Isso inclui recursos como:

  • estoques de mercadorias;
  • contas a receber;
  • investimentos de curto prazo;
  • valores em caixa e em bancos;
  • impostos a recuperar.

Qual a diferença entre Ativo Circulante e Ativo Não Circulante?

Na contabilidade, todos os ativos de uma empresa são classificados em circulantes ou não circulantes, e essa diferenciação se dá pela facilidade que possuem de serem transformados em dinheiro em um curto ou longo prazo.

Dessa forma, os ativos circulantes são os bens de uma empresa que conseguem ser convertidos em um prazo mais curto.

Os ativos não circulantes, por outro lado, são os bens que necessitam de um período mais longo, geralmente superior a um ano, para se transformarem em recursos financeiros. Podemos citar alguns exemplos clássicos de ativos não circulantes:

  • imóveis;
  • equipamentos;
  • investimentos de longo prazo.

Esses ativos são importantes para a empresa, mas não são tão relevantes para sua liquidez e capacidade de cumprir suas obrigações de curto prazo quanto o ativo circulante.

Portanto, o ativo circulante é um dos principais indicadores financeiros da liquidez de uma empresa. Ou seja, é importante que as empresas mantenham um nível adequado de ativo circulante para garantir sua saúde financeira.

Além disso, é importante lembrar que os ativos não circulantes também são importantes para a empresa, mas devem ser avaliados de forma diferente do ativo circulante, levando em consideração sua capacidade de gerar valor no longo prazo.

 Ativo Circulante: o que é e como analisá-lo - Payfy

Classificação do ativo circulante na contabilidade

Existem 4 grupos principais de ativo circulante na contabilidade, sendo eles: 

  1. disponibilidades;
  2. direitos realizáveis;
  3. estoques;
  4. despesas antecipadas.

Cada um desses grupos é composto por diferentes tipos de ativos, que são classificados de acordo com critérios específicos. Portanto, vamos entender a fundo esses critérios:

Como classificar um ativo como circulante?

Para que um ativo seja classificado como circulante, é preciso atender a certos critérios. Esses critérios ajudam a garantir que apenas os ativos mais relevantes e líquidos sejam incluídos nessa categoria. Assim, os principais critérios são:

  • Ser um recurso que está dentro das operações normais da empresa;
  • Capacidade de ser transformado em dinheiro em até 12 meses;
  • Não ter sido adquirido com a intenção de venda ou para transformação no longo prazo;
  • Um ativo financeiro que não está detido para negociação.

Ou seja, esses critérios ajudam a garantir que apenas os ativos mais relevantes e líquidos estejam incluídos na categoria de ativo circulante. 

Isso é importante porque os ativos circulantes são usados para financiar as operações diárias da empresa e, por isso, precisam ser facilmente convertidos em dinheiro.

Exemplos de classificação na prática

Na prática, a classificação dos ativos circulantes pode variar de acordo com a natureza do negócio. No entanto, existem algumas categorias comuns presentes na maioria das empresas.

Disponibilidades

Os recursos mais líquidos da empresa são geralmente classificados como disponibilidades, isso inclui o caixa e os equivalentes de caixa, como depósitos bancários ou títulos de curto prazo. 

Esses recursos se convertem facilmente em dinheiro, portanto são os ativos de maior liquidez na empresa.

Direitos Realizáveis

Os direitos realizáveis são outro grupo comum de ativos circulantes, está incluído neles:

  • contas a receber;
  • notas promissórias;
  • outros créditos que a empresa espera receber em um prazo de até 12 meses.

Esses ativos são importantes porque representam o dinheiro que a empresa espera receber no futuro próximo.

Estoques de Mercadorias

Os estoques de mercadorias também são ativos circulantes e incluem os bens que a empresa produz ou adquire para revenda. 

Embora esses ativos levem mais tempo para se converter em dinheiro do que as disponibilidades e os direitos realizáveis, eles ainda são ativos circulantes pois conseguem levantar capital facilmente.

Despesas Antecipadas

Por fim, as despesas antecipadas correspondem aos adiantamentos de pagamentos realizados pela empresa, incluindo:

  • pagamentos antecipados por serviços;
  • aluguéis;
  • outras despesas incorridas no futuro.

Ainda que esses ativos representem um adiantamento em dinheiro (direitos realizáveis), eles são ativos circulantes porque a empresa espera receber o benefício desses pagamentos no futuro próximo.

Conclusão: Acompanhamento e controle do ativo circulante

Por fim, é importante destacar que uma série de fatores internos e externos podem afetar o ativo circulante, como por exemplo:

  • a situação econômica;
  • mudanças nas políticas fiscais;
  • mudança de gestão da empresa;
  • acidentes e demais imprevistos.

Por essa razão, é crucial que a empresa conte com profissionais habilitados para gerenciar suas finanças e manter sua saúde financeira em dia. 

Além disso, é importante que a empresa tenha um sistema de controle e acompanhamento dos ativos circulantes para garantir que todas as informações estejam atualizadas e corretas.

Afinal, o ativo circulante é um conceito central na gestão financeira e as empresas devem tratá-lo com a devida atenção.

Ainda, se você quer entender ainda mais sobre gestão financeira e assuntos relacionados à liquidez empresarial, confira nosso artigo sobre capital de giro, que irá complementar os tópicos deste texto de forma mais prática.

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Até a próxima!


André Apollaro

Founder & CEO da Payfy

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