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Conceitos Financeiros
Diferença entre EBIT e EBITDA: entenda os indicadores que revelam a saúde Real do negócio

Diferença entre EBIT e EBITDA: entenda os indicadores que revelam a saúde Real do negócio

André Apollaro
André Apollaro
Co-founder & CEO, Payfy
Diferença entre EBIT e EBITDA: entenda os indicadores que revelam a saúde Real do negócio

EBIT e EBITDA são aquelas siglas que todo mundo ouve em reunião de investidores, mas pouca gente realmente entende o que significam na prática. 

Pior: muita empresa usa esses indicadores errado e toma decisões equivocadas baseadas em números que não mostram a realidade operacional do negócio.

A confusão começa porque os dois medem lucro operacional, mas cada um exclui coisas diferentes do cálculo. 

EBIT tira juros e impostos da conta. EBITDA tira juros, impostos, depreciação e amortização. 

Parece detalhe técnico? Não é. Essa diferença pode mostrar que uma empresa está lucrando operacionalmente mas queimando caixa, ou o contrário.

O problema é que muita gente usa EBITDA para esconder problemas reais de caixa. A empresa mostra EBITDA positivo lindo em apresentação para investidor enquanto o fluxo de caixa sangra todo mês. 

Depreciação não sai do bolso hoje, mas representa equipamentos que vão precisar ser trocados amanhã, e isso custa dinheiro real.

O que é EBIT e como ele funciona na prática?

EBIT significa "Earnings Before Interest and Taxes", em português, Lucro Antes de Juros e Impostos. 

Esse indicador mostra quanto a empresa ganhou apenas com suas operações, sem considerar como ela se financia (juros) ou quanto paga de imposto.

O cálculo do EBIT é relativamente direto: pega a receita total, subtrai os custos dos produtos vendidos, subtrai as despesas operacionais (marketing, vendas, administrativo) e o que sobra é o EBIT. 

Esse número revela se o negócio em si é lucrativo, independente da estrutura de capital da empresa.

Por que o EBIT importa para gestão financeira?

  • Mostra eficiência operacional pura: o EBIT indica se a empresa consegue gerar lucro vendendo seus produtos ou serviços, sem confundir com custos financeiros.
  • Permite comparação entre empresas: duas empresas do mesmo setor podem ter estruturas de capital completamente diferentes, mas o EBIT permite comparar a eficiência operacional.
  • Revela poder de precificação: EBIT alto indica que a empresa consegue cobrar preços que cobrem custos operacionais com margem saudável.
  • Base para decisões estratégicas: os gestores usam EBIT para avaliar se vale a pena expandir operações, lançar novos produtos ou entrar em novos mercados.

Imagine uma empresa de software que fatura R$ 10 milhões anuais. Os custos com servidores, desenvolvedores e suporte somam R$ 4 milhões. 

As despesas com marketing, vendas e administrativo chegam a R$ 3 milhões. 

O EBIT dessa empresa é R$ 3 milhões, o lucro gerado pelas operações antes de pagar juros de empréstimos e impostos sobre o lucro.

O que é EBITDA e por que empresas adoram esse número?

EBITDA significa "Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization", isto é, Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. 

É o EBIT com um passo a mais: também exclui depreciação de equipamentos e amortização de intangíveis.

A lógica por trás do EBITDA é mostrar quanto dinheiro a operação gera sem considerar investimentos passados em ativos. 

Depreciação e amortização são despesas contábeis que não saem do caixa hoje, representam o desgaste de máquinas, equipamentos, softwares e outros ativos comprados no passado.

Por que as empresas preferem mostrar EBITDA?

  • Número sempre maior que EBIT: como exclui mais despesas, o EBITDA sempre apresenta resultado melhor, deixando a empresa mais atraente.
  • Facilita apresentação para investidores: startups adoram EBITDA porque podem mostrar "lucro" mesmo sem gerar caixa positivo de fato.
  • Ignora necessidade de reinvestimento: uma indústria que deprecia R$ 2 milhões anuais em máquinas vai precisar trocar esses equipamentos eventualmente - mas o EBITDA ignora isso.
  • Esconde problemas de capital intensivo: negócios que precisam de muito investimento em ativos ficam "bonitos" no EBITDA mas podem estar queimando caixa.

Voltando ao exemplo da empresa de software: se ela tem R$ 3 milhões de EBIT e deprecia R$ 500 mil anuais em servidores e equipamentos, o EBITDA é R$ 3,5 milhões. 

Parece que a empresa ficou mais lucrativa, mas é só contabilidade - os R$ 500 mil de depreciação representam equipamentos que vão precisar ser substituídos.

Qual a diferença prática entre EBIT e EBITDA para gestão do negócio?

A diferença fundamental está no que cada indicador revela sobre a saúde financeira real da empresa. 

O EBIT mostra lucro operacional considerando todos os custos e despesas, incluindo o desgaste dos ativos. 

EBITDA mostra geração de caixa operacional bruta, ignorando investimentos necessários para manter o negócio funcionando.

Quando usar EBIT para tomar decisões:

  • Comparar empresas do mesmo setor: o EBIT nivela o campo ao incluir depreciação, mostrando lucro operacional mais realista.
  • Avaliar investimentos em novos projetos: o EBIT indica se o projeto gera lucro suficiente para justificar investimento e manutenção de ativos.
  • Análise de rentabilidade verdadeira: para entender se a operação é realmente lucrativa considerando todos os custos, inclusive desgaste de equipamentos.

Quando usar EBITDA para análise:

  • Avaliar geração de caixa no curto prazo: o EBITDA mostra quanto dinheiro a operação gera antes de considerar investimentos em ativos.
  • Empresas em fase de crescimento: startups e empresas em expansão usam EBITDA para mostrar potencial operacional sem o peso de investimentos iniciais.
  • Comparação internacional: diferentes países têm regras distintas de depreciação, então EBITDA facilita comparações entre empresas de locais diferentes.

A armadilha é usar EBITDA como se fosse lucro real disponível. 

Uma empresa de logística pode ter EBITDA positivo de R$ 5 milhões mas depreciar R$ 4 milhões anuais em caminhões. 

Esses caminhões vão precisar ser trocados, e quando chegar a hora, os R$ 4 milhões vão sair do caixa de verdade.

Como EBIT e EBITDA se relacionam com fluxo de caixa?

Aqui está o ponto crucial que confunde muita gente: nem EBIT nem EBITDA são a mesma coisa que fluxo de caixa. 

Os dois são indicadores de lucro contábil, enquanto fluxo de caixa mostra dinheiro entrando e saindo efetivamente da empresa.

O EBITDA se aproxima mais do fluxo de caixa operacional porque exclui despesas que não saem do bolso hoje. 

Mas ainda assim não é fluxo de caixa real porque não considera variações no capital de giro, como o estoque que foi comprado, clientes que devem mas não pagaram, fornecedores que foram pagos adiantado.

Uma empresa pode ter EBITDA positivo mas fluxo de caixa negativo se estiver crescendo rápido. 

Quando as vendas crescem, o estoque aumenta, os clientes demoram para pagar e a empresa precisa financiar essa diferença. O lucro aparece na contabilidade mas o caixa continua apertado.

O EBIT fica ainda mais distante do fluxo de caixa porque inclui depreciação - uma despesa que afeta o lucro mas não mexe no caixa. 

Por outro lado, investimentos em novos equipamentos saem do caixa mas não aparecem inteiros no cálculo do EBIT, apenas via depreciação ao longo dos anos.

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