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Fluxo de Caixa: o que é e como fazer na sua empresa

André Apollaro

Data de publicação: 15/12/2023

Formas de pagamento que alimentam o fluxo de caixa
Formas de pagamento que alimentam o fluxo de caixa

O fluxo de caixa é uma ferramenta financeira indispensável para a gestão de empresas, pois permite um controle preciso das entradas e saídas de dinheiro.

Neste artigo, vamos explorar detalhadamente o que é o Fluxo de Caixa, por que ele é importante e como as suas diferentes variedades podem ser usadas para ajudar na gestão financeira de uma empresa. Vem comigo!

O que é o Fluxo de Caixa?

O Fluxo de Caixa é um método financeiro utilizado para monitorar e projetar as entradas e saídas de dinheiro de uma empresa durante um período específico de tempo.

Dessa forma, ele registra todas as transações financeiras de um negócio, permitindo que os gestores acompanhem diariamente o saldo disponível em caixa e, consequentemente, tomem decisões mais conscientes e eficientes.

Alguns exemplos dessas transações são:

  • receitas;
  • despesas;
  • investimentos;
  • financiamentos.

Portanto, os dados analisados são essenciais para auxiliar os gestores a identificar tendências e antecipar problemas financeiros – a fim de evitá-los.

Além disso, a Demonstração de Fluxo de Caixa representa um dos relatórios contábeis mais importantes de uma empresa, sendo um documento indispensável nas análises de investimento

Por que fazer o Fluxo de Caixa?

No mercado competitivo em que nos encontramos, o acompanhamento do fluxo de caixa não é uma opção, ele é obrigatório, e de preferência deve ser feito diariamente.

Isso porque ele é uma ferramenta indispensável para boa gestão financeira empresarial, oferecendo incontáveis benefícios, sendo os mais significativos:

Melhor controle financeiro

Além disso, o Fluxo de Caixa ajuda a empresa a ter um controle mais preciso sobre suas finanças. Permitindo que os gestores tomem decisões mais informadas sobre investimentos, pagamentos e recebimentos.

Em paralelo, o monitoramento detalhado das entradas e saídas, que precisa ser feito para gerar o fluxo, garante uma maior segurança e atenção nas operações do negócio como um todo.

Antecipação de problemas

Quando temos um cronograma claro das movimentações de caixa, somos capazes de mapear melhor as dificuldades recorrentes e as potenciais vulnerabilidades financeiras do negócio.

Por isso, utilizando essa ferramenta é possível prever problemas financeiros, por exemplo, uma possível falta de dinheiro para pagar fornecedores ou funcionários

Ou seja, um bom fluxo de caixa permite que a empresa acompanhe suas entradas e saídas diariamente, ajudando a gestão a tomar medidas preventivas antes de um problema grande – e que possa falir a empresa.

Tomada de decisões estratégicas

O fluxo de caixa também é usado para avaliar a viabilidade de investimentos ou projetos.

Portanto, é comum que o CFO (Chief Financial Officer) e os outros líderes financeiros da empresa estejam constantemente estudando, atualizando e projetando cenários do caixa financeiro. Dessa forma podem-se definir as estratégias mais rentáveis.

Facilidade na obtenção de empréstimos ou abertura de capital

Como já mencionado, a Demonstração de Fluxo de Caixa é um dos relatórios contábeis mais utilizados por investidores do mundo inteiro para avaliar as operações e a rentabilidade de uma empresa.

Isso se dá, porque a Demonstração de Resultados do Exercício e o Balanço Patrimonial (os dois outros principais relatórios contábeis) precisam ser complementados com as informações do Fluxo de Caixa para dar o panorama completo da realidade da empresa. 

Assim, essa ferramenta contábil também é usada para demonstrar a saúde financeira da empresa para possíveis investidores ou credores, facilitando a obtenção de empréstimos, investimentos ou abertura de capital em bolsa.

Diferença entre o Fluxo de Caixa e o Controle de Caixa

O Fluxo de Caixa e o Controle de Caixa são duas ferramentas financeiras distintas, embora possam parecer semelhantes à primeira vista.

O Controle de Caixa é o registro simples de todas as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa, como uma conta bancária ou um sistema de gestão financeira.

E dessa forma, ele tem como objetivo monitorar as movimentações financeiras de uma empresa em um período específico, permitindo que os gestores saibam exatamente quanto dinheiro está disponível em caixa em determinado momento.

Já o Fluxo de Caixa é um registro mais abrangente das movimentações financeiras de uma empresa durante um determinado período de tempo, geralmente um mês ou um ano.

Como já falado, ele inclui não apenas as entradas e saídas de dinheiro, mas também todas as outras transações financeiras da empresa, como recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, investimentos e financiamentos.

O objetivo do Fluxo de Caixa é monitorar o saldo disponível de caixa da empresa em determinado período, mas também avaliar a capacidade da empresa de pagar suas contas e dívidas e planejar investimentos futuros.

Em resumo, enquanto o Controle de Caixa se concentra apenas nas entradas e saídas de dinheiro em um determinado período, o Fluxo é uma ferramenta financeira mais ampla e com um escopo maior.

Tipos de Fluxo de Caixa

Existem diferentes variações de Fluxo de Caixa que podem ser utilizadas por uma empresa, dependendo das suas demandas e objetivos. Porém, os tipos de Fluxo de Caixa mais populares no mercado nacional são:

Fluxo de Caixa Operacional

É um fluxo de caixa simples, que resulta das atividades operacionais da empresa, como:

  • vendas;
  • pagamentos de fornecedores;
  • salários;
  • impostos;
  • e outros gastos relacionados às atividades principais da empresa.

Ele é utilizado para acompanhar as variações do Capital de Giro, ou seja, o dinheiro necessário para a empresa manter suas operações funcionando no curto prazo, sem interrupções ou dificuldades financeiras.

Esta opção não abrange os investimentos e nem a demanda de capital a longo prazo, visto que estamos avaliando apenas os ativos e passivos circulantes.

Fluxo de Caixa Indireto

Este método parte do lucro líquido e realiza operações contábeis para chegar ao fluxo de caixa. Ele mostra o impacto das transações nas operações de caixa da empresa, sem necessariamente rastrear o movimento real das entradas e saídas de dinheiro.

Então, ajusta-se o lucro líquido para considerar os efeitos das transações que não resultaram em fluxo real, como:

  • depreciação;
  • amortização; e,
  • outras despesas não monetárias.

Em seguida, adiciona-se, ou subtrai-se, os valores correspondentes às mudanças nos ativos e passivos circulantes, como: 

  • estoques;
  • contas a receber e a pagar.

Embora o método indireto não seja tão preciso quanto o método direto, ele é amplamente utilizado pelas empresas, especialmente pelas de grande porte, que têm controles contábeis mais complexos.

Fluxo de Caixa Direto

É um método de elaboração do fluxo de caixa que mostra as movimentações reais de recursos financeiros de uma empresa. Ele detalha as entradas e saídas decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

Assim, diferentemente do método indireto – que parte do lucro líquido e realiza ajustes contábeis para chegar ao fluxo de caixa -, o método direto rastreia os fluxos de caixa reais, o que o torna mais preciso e confiável.

Ou seja, registram-se todas as entradas e saídas que ocorrem no período, sem ajustes contábeis, isso inclui:

  • vendas;
  • pagamento de fornecedores;
  • investimentos;
  • pagamento de juros e dividendos;
  • entre outras transações financeiras.

Fluxo de Caixa Livre

Este fluxo de caixa representa a quantidade de dinheiro que uma empresa gera após descontar todos os seus gastos com investimentos em ativos fixos e capital de giro.

Em outras palavras, ele mede a capacidade da empresa de gerar dinheiro a partir de suas operações e de usá-lo para pagar seus investimentos em bens e serviços necessários ao funcionamento do negócio.

O cálculo é feito subtraindo-se o investimento em ativos fixos (como equipamentos e imóveis) e capital de giro (estoques, contas a receber e a pagar) do fluxo de caixa operacional (entradas e saídas de caixa decorrentes das atividades operacionais).

Ou seja, Fluxo de Caixa Livre = Fluxo de Caixa Operacional – (ativos fixos + capital de giro).

O resultado é uma medida do caixa disponível (“livre”) para uso em outras atividades. Como pagamento de dividendos, pagamento de dívidas, recompra de ações ou outros investimentos.

Fluxo de Caixa Projetado

É um fluxo de caixa calculado a partir de uma projeção das entradas e saídas de dinheiro, considerando as atividades operacionais, investimentos e financiamentos da empresa.

Portanto, para projetar o fluxo de caixa, é necessário levar em consideração diversos fatores, como:

  • vendas esperadas;
  • custos operacionais;
  • investimentos em ativos fixos;
  • variações nas contas a receber e a pagar.

Assim, as projeções devem ser, obrigatoriamente, baseadas em dados históricos e em estimativas realistas, para serem usadas nas decisões estratégicas. Por isso, não meça esforços ao validar seu histórico e suas estimativas!

Fluxo de Caixa

Fluxo de Caixa Descontado

Este é um método mais complexo, utilizado para avaliar o valor presente de um investimento futuro ou de um projeto de negócio. Ele baseia-se no fluxo de caixa livre projetado para o futuro e descontado para seu valor presente

Calma que eu vou elaborar um pouco melhor: para isso o cálculo do Fluxo de Caixa Descontado envolve três etapas:

  1. Projeção do Fluxo de Caixa Livre: deve-se projetar os fluxos futuros, levando em consideração as entradas e saídas esperadas ao longo do tempo.
  2. Cálculo da taxa de desconto: a taxa de desconto é o custo de oportunidade dos investidores. Ou seja, o retorno mínimo exigido para compensar o risco do investimento. Geralmente se baseia na taxa de juros atual e prevista.
  3. Desconto do Fluxo de Caixa Livre: os fluxos projetados são descontados para seu valor presente usando a taxa de desconto.

Assim, o resultado do Fluxo de Caixa Descontado é o Valor Presente Líquido (VPL) do investimento ou projeto. Se o VPL for positivo, isso indica que o projeto tem potencial para gerar retorno acima da taxa de desconto e é considerado um investimento viável.

Se o VPL for negativo, isso indica que o projeto não é viável. Pois não gera um retorno suficiente para cobrir o custo de oportunidade dos investidores.

Cada tipo oferece uma visão diferente da saúde financeira da empresa e atende diferentes propósitos. Assim, é essencial escolher a opção mais adequada para as suas necessidades e utilizá-la regularmente para manter um controle financeiro necessário.

Conclusão: acompanhe de perto seu caixa

Em resumo, o fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental na gestão financeira das empresas, permitindo uma visão clara da realidade da empresa.

Dessa forma, é importante ressaltar que, para uma elaboração eficiente dos fluxos, é necessário contar com uma equipe financeira ágil e responsável.

Um dos papéis mais importantes em todos os processos financeiros de uma empresa é do financial controller. Mas apesar de ser um cargo elevado dentro da empresa, ainda causa dúvidas sobre o que é e as responsabilidades. 

Pensando nisso, separei um blog post explicando tudo sobre o Gerenciador Financeiro, quais as suas funções, a trajetória profissional e 4 dicas práticas para otimizar a controladoria da sua empresa.

Te espero lá… até a próxima!


André Apollaro

Founder & CEO da Payfy

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